sábado, 18 de dezembro de 2010

Continuação

Lá estava eu sem lugar para ir ,minha família morando em santo andré, minha única alternativa era ir para a loja, bem eu e meu pai nunca mais nunca mesmo tivemos aquela afinidade um com o outro  (não pela minha parte , mas cansei de correr atrás de alguém que sequer me dava valor como filho).

Na loja de meu pai aprendi como viver sozinho de verdade e cá entre nós eu gostava, como a loja era no centro da cidade de Santos o mais chato foi acostumar com o barulho dos caminhões (já que lá fica o maior porto da américa latina) e as garotas de programa brigando e gemendo a noite inteira (é ta pensando que é mole , a loja era vizinha de um bordel vulgo puteiro).
Quando estava me acostumando e até me divertindo um pouco com a minha vida academica apenas começando , minha rotina era :

- acordar, tomar banho e abrir a loja
-trabalhar como piercer (aquele que coloca os piercings)
-ir para a faculdade e voltar passando na padaria (SEARA) para comer algo

1 ano se pasou e eu deixava de ser um calouro na faculdade, meu quarto na lojinha estava legal até com cama e um playstation 2 para me divertir ,tinha até net ^^, porém minha vida estava para mudar novamente, um belo dia escuto as "PRIMAS" gritando :
-fogo,fogo ,FOGOOOOO, CHAMA O BOMBEIRO!!!!
Eu ainda sonolento olhei meu relógio e vi que eram apenas 6 da manhã e pensei "essas putas estão viajando"
voltei a cair no sono quando num susto acordei com meu cúbiculo ao qual chamava de meu quarto estava cheio de fumaça, corri até a porta da loja e levantei a porta de ferro e vi os caminhões do corpo de bombeiros chegando.

Estava eu lá puxando a água de shorts quando chega a reporter atrasada (depois da tribuna que já havia ido embora junto com os bombeiros) da emissora record (aquela que é financiada pelo dinheiro da universal)
chegou na surdina : -posso fazer uma pergunta (ela sem o microfone e sem a câmera ligada)
eu - sim claro
ela - e ai o que vc vai fazer agora
e do nada enfiou o microfone praticamente no meu nariz e o camera ligou e começou a gravar , eu sem jeito
e totalmente sem reação disse com tom baixo me sentindo um completo idiota:
-é vamos ter que sair .
Maldita hora que disse isso no dia fui para a faculdade e virei chacota de alguns doidos que viram o jornal...
 continua...

O início

Bem consegui realizar o primeiro passo chegar a faculdade ( sempre quis fazer direito acho que desde quando tinha 7 anos) , primeiramente devo agradecer a Deus e a minha força de vontade  ao conseguir bolsa na faculdade de Direito, o início foi assim consegui tirar uma otima nota na prova na qual eu poderia escolher qualquer faculdade do país para cursar, minha namorada me disse : venha para ca morar comigo , estude aqui , etc.... eu sempre quis minha independência e fui ...chegando lá descobri que meu cunhado estava viajando a negócios para o sul do país mais precisamente curitiba , passado quase um mês após subidas e descidas (morava em santo andré abc paulista e estava com morando em são vicente) conseguindo os documentos necessários para a matrícula da universidade, meu cunhado chega em casa meia noite e cansado eu pensei :vou dar a notícia que estou morando aqui de manhã.
vã ilusão de um pobre coitado (no caso eu) não deu nem tempo , naquela madrugada meu cunhado me acorda acendendo a luz do quarto com tudo (sorte a minha que eu não estava fazendo nada com a irmã dele, senão não estaria aqui hoje escrevendo) e perguntado se eu estava morando lá , pulando houve uma discussão na qual eu como elo mais fraco quebrei.
Liguei para o meu pai que disse : era essa a liberdade que vc queria?
Meu cunhado achava que eu estava morando na casa dele de vagal (pessoa que se acomoda ,parasita,etc...)
porém eu com meu orgulho resolvi sair de lá tbm....
fui morar na loja de meu pai ( um studio de tattoo) nun quarto que não dava nem 2x2 mts....

Novo começo

Bem estou cansado de ficar pensando e fazendo reflexões solitárias então resolvi fazer este blog por mera exteriorização de meus pensamentos.

Um dos principais motivos para escrever aqui é que de alguma forma eu um jovem com histórias e estórias para contar cansei de não ter com quem compartilhar pensamentos.

Vou resumir um pouco do meu início da trajetória da vida adulta e sobre as infinitas decisões que um adolescente pobre no brasil deve decidir entre a satisfação e a sobrevivência.